Já não precisamos sair de casa para receber em cheio a enxurrada de "comerciais" vendendo a melhor escola, com o melhor método, as melhores instalações e as melhores teorias da educação que legitimam aquilo que Ivan Illich chamaria de Mito da Escolaridade. Eu penso, e quase desisto de acreditar que há saidas para essa realidade e, que tudo tem muito a ver com a tal de indústria cultural retroalimentando uma indústria intelectual, que alimenta essa ideia de educação como mercadoria. É a mensagem desse tempo contemporâneo invadindo o lar doce lar... Isso vale um, mil artigos...
Mas, saindo de casa à caminho da universidade, dá para perceber que a tal indústria compete acirradamente neste mercado da educação por um cliente abonado, pois a mercadoria custa caro. E, reclamações, devem ser encaminhadas a um tal de sindicato das escolas privadas. Não acredita? Então procure o outdoor dessa empresa, digo, associação, que diz assim: "escola particular: qualidade que você pode crobrar".
Das duas uma: você paga caro pela educação em escola privada e, assim reclama se o produto oferecido não tem a qualidade prometida. O que pode também estar por detrás disso é que no ensino público, em não tendo qualidade, você não pode reclamar.
E, a quem reclamar? Aos políticos em que votamos e legitimamos para nos representar nas esferas públicas?
E, então não "pagamos" pelo ensino público quando ao pov é que cabe a maior parte de pagamento de impostos devidos e indevidos?
Bom... vejam e reparem nos outdoors. Que outras mensagens estão pode detrás de tudo isso? Quais teorias na educação, ou quais pontos de vista (epistemo-onto-escatológicos) percebemos em cada uma dessas mensagens? Porque está aberta a temporada de caça ao cliente-estudante. E, assim vive o Mito da Escolaridade e nós como consumidores...
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