Neste livro, Jorge Larrosa aponta na direção de uma outra forma de pensar e de escrever a pedagogia. “Uma forma em que as respostas não sigam às perguntas, o saber não siga à dúvida, o repouso não siga à inquietude e as soluções não sigam os problemas”. O autor desconstrói idéias sobre a pedagogia. “Os textos aspiram a ser indisciplinados, inseguros e impróprios porque pretendem situar-se à margem da arrogância e da impessoalidade da pedagogia dominante, fora dos tópicos morais com os quais se configura a boa consciência, fora do controle que as regras do discurso pedagógico instituído exercem sobre o que se pode e não se pode dizer”.
Pedagogia profana é uma obra que deve ser lida por educadores, professores, pedagogos, pais e qualquer pessoa envolvida de alguma forma com a prática educativa, que transcende o ato de ensinar o que já está previsto, como se não houvesse espaço para questionamentos. A questão que fica é: como o estudante poderá ter lugar nesse espaço no qual tudo já está escrito, previsto e dito? Larrosa entende que o estudante diante desta rigidez não tem chance de perder-se. E é aí, na possibilidade de um novo olhar não previsto que acontece o ato de estudar. Para Larrosa, “a educação moderna é a tarefa do homem que faz, que projeta, que intervém, que toma a iniciativa, que encontra seu destino na fabricação de um produto, na realização de uma obra”. O autor dedica, ainda, um espaço para refletir sobre o riso e a formação do pensamento, além de lançar olhares sobre a infância.
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